terça-feira, 28 de outubro de 2008

Tapa de Humor não Dói


Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado,

Um primo meio tarado,

Ou um amigo meio viado?


Que mulher nunca tomou

Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?


Que mulher nunca sonhou

Com a sogra morta, estendida,

Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou

Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?


Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada

Ou para trabalhar menstruada?


Que mulher nunca comeu

Uma caixa de Bis, por ansiedade,

Uma alface, no almoço, por vaidade

Ou, um canalha por saudade?


Que mulher nunca apertou

O pé no sapato para caber,
a barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou

Que não estava ao telefone,

Que não pensa
em silicone
Ou
que "dele" não lembra nem o nome?


Do: Grelo Falante. Composto por quatro cariocas sensacionais, Claudia Valli, Carmen Frenzel, Claudia Vnetura, Lucília de Assis e Suzana Abranches.


domingo, 26 de outubro de 2008

É um preço



Não tenho curiosidade sobre as suas inseguranças. Eu quero mesmo é ter você seguro forte e meu. Não quero saber se a nossa distância queima ou se é por ela que a gente aprecia os segundos apressados. Eu só quero saber de nós e de todo o nosso conjunto. Não quero saber de migalhas, migalhas desse seu pão não me interessam não me interessam. Quero todo o nosso inteiro, todos os lados, as beiradas e o recheio.
Quero me colar em você e provar do seu fruto. Lambuzar do sabor que for sabor de boca, de verdade, vontade, nicotina.
Bem que a gente podia ir além. Considerar. Pular a linha, perder a linha. Razoavelmente pelas nossas linhas tortas mesmo, que dá toda a nossa graça, o nosso ritmo, que faz ter sentido. Naquela coisa de paciência, de esperança de um novo encontro, naquela coisa de entrega, loucura, naquelas coisas de casal.
Já que voltou, então agora fique. Me faça companhia, vem pra dormir do meu lado. Já que eu deixei voltar, então agora quero que fique, por que já não somos os mesmos sem nós. Já que disse que sou sua mesmo e que ouvi as suas propostas indecentes, então droga, custa ficar? Arranje um caminho mais fácil e fica. Deixa toda essa merda de falta de ordem, transforma a nossa falta em paixão e deixa eu te dar os banhos que eu prometi receber as suas promessas, rir e fingir que vai ser tudo pra sempre.
Mas você me deixa com a estranha sensação de que fica tudo bem sem mim...
E bem agora que tinha preparado a nossa cama no meu coração?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sua menina tão só

Essa madrugada, além do cheiro do café que é fiel à minha vontade de não dormir, tem cheiro de saudade. Uma saudade que não tem nome, nem descrição. Ela chegou de mansinho e sem avisar se alojou bem no fundo do coração, não passou pela cabeça, não comunicou a razão, não quis saber de qualquer outra parte do corpo, foi reto no coração. E agora mora lá, a maior parte do tempo e não me dá sossego. Às vezes ela vem em forma de lembranças e aí deixa escapar uns sorrisos involuntários e me surpreendo cantarolando as músicas que ouvimos juntos, mesmo sabendo que elas não são mais tão lindas quando não tem a sua voz baixinha no fundo.
E não sei se é por que quando estou com você, milhões de borboletas invadem o meu estômago e ficam lá fazendo festa, ou se é pela sua incansável mania de me olhar. Mas talvez os nossos banhos quentes tenham mesmo deixado um costume, costume tal, que hoje o meu banho sozinha é gelado e dura menos de 7 minutos.
Até os meus pés sentem a sua falta, ficam me pedindo meias; não, eu não quero meias, quero os seus pés droga.
Tudo isso tem até um som meio poético. Porém poético pouco é. Na realidade me consome me devora e me faz sentir o sabor do injusto. Do injusto que se confunde com o sabor do meu café amargo e que tomo sozinha enquanto você passeia por aí entre os seus bairros e avenidas. Podia mesmo era me fazer companhia pra não deixar a sua menina tão só.
Só posso chegar à uma conclusão: ou sentimentalidades soltas ou uma TPM desgraçada.

Viva a livre e espontânea expressão *



Às vezes são tantas idéias simultâneas, que os pensamentos se misturam todos, se embaralham com os sentimentos e a mente se torna nada mais que alguma caixinha funda, funda que guarda todas as loucuras, dúvidas, amores e desamores da vida. E em alguma hora, isso vai escapando, escorregando até chegar à flor da pele. Uma válvula de escape, então, é necessária. No meio desse caos, hormônios e desordem é preciso ter onde despejar, desbocar, desenfadar tudo o que temos direito e o que não temos também.

Aí pensei: “um blog? Será? Um blóóóg sim, claro”. Como nesse mundo bandido tem tanto espaço para a fofoca, por que não fofocar sobre si mesma?

Adepta da escrita informal, eu então, resolvi criar uma página por pura vontade e paixão de se expressar. Penso que a expressão, seja ela corporal verbal, ou sei lá o que, tem que ocupar um lugar especial na vida das pessoas.

Eu me expresso, tu se expressas e ele deveria se expressar, como nós nos expressamos, vós se expressais e eles certamente se expressarão.

Enfim, deixando como não lido a minha basbaquice acima... eu gosto de escrever; escrever me acalma, me deixa de cabeça feita, faz as idéias se materializarem e fazer sentido. Às vezes, não passa de puro desabafo e loucuras e coisas de mulher, mas onde há sentimento, há beleza. E aqui, sem sombra de dúvidas, como diria a saudosa Cássia, escorre aos litros o amor.